domingo, 12 de maio de 2013

Felicidade

       

"Dont worry, be happy."

                          E um belo dia, ela acordou assim: feliz. Porque ficar triste? Ela tem motivos para isso? Não, não tem. Pelo contrário, ela passou a enxergar a vida com outros olhos: com olhos mais simples, mais humildes, e passou a enxergar o melhor que a vida lhe oferecia.
                         O sorriso, o olhar, o ânimo, a força, a garra, a vontade, tudo havia voltado para ela em um passe de mágica, e tudo se tornara mais simples do que se parece. Estresse? Nem pensar. Nada mais estragaria o seu dia, ninguém mais tiraria o sorriso e aquela sensação de poder conseguir qualquer coisa que quiser. Era tão estranho como ela havia mudado, sentia-se mais madura, mais adulta, mesmo que fosse apenas ela que enxergasse isso, ou sentisse. Ou talvez poucos perceberam aquela mudança nela, afinal, para quem havia adormecido por tanto tempo, despertar era necessário, mas muitos demorariam para enxergar e compreender.
                       E então, os contos-de-fadas não fizeram mais sentido, nem as músicas românticas. Ela não entendia mais porque a felicidade só era alcançada quando se estava ao lado de alguém. Não entendia porque a sociedade tanto pregava a "verdadeira felicidade quando se encontra a alma gêmea, a metade da laranja". Porque ela teria que ser completada por alguém? Ela não pode ser completa sozinha? Não pode ser feliz sozinha, sorrir sozinha, e ter momentos especiais sem estar acompanhada? As princesas só são felizes após encontrarem o príncipe encantado, mas antes disso, a vida é um enorme martírio. Mas... Tem que ser exatamente assim? Apesar de acreditar em amor verdadeiro, príncipes encantados, e jovem era feliz. E talvez a felicidade seja assim: só chega pra quem é feliz, bem de mansinho, pra você nem perceber.
                   Ela encontrou dentro dela a felicidade. E, enquanto o seu príncipe não chegava, ela continuava sendo feliz. Decepções? Ela tinha sim, mas, depois que ela havia despertado daquele sono profundo, da inércia que a impedia de caminhar, evoluir... Ela decidiu que nada mais a faria desistir, fraquejar, ou tirar aquele sorriso do rosto. Dias tristes, dias ruins, todos nós teremos. Mas cabe a cada um de nós saber como iremos encarar isso, afinal, nem todo dia é bom... Mas todo dia ruim, acontece pelo menos uma coisa boa.



Um comentário:

  1. É difícil compreender antes de provar o sabor, mas eu garanto que a felicidade de alguém não está nas mãos de outra pessoa, embora conviver e partilhar seja imprescindível para evoluirmos.
    O que cria problemas é a dependência e a sujeição, aquele momento em que a liberdade pode ser afetada.
    Não importa o caminho, todo nós somos rios que percorremos caminhos mais longos ou curtos que, um dia, desaguarão no mar.
    Boa sorte!
    Abraço!

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